No dia a dia das empresas, é comum vermos o departamento de Marketing e o setor Jurídico como mundos opostos. De um lado, o Marketing busca a inovação, a velocidade e a conexão emocional com o público. Do outro, o Jurídico é visto como o setor da cautela, dos contratos e dos prazos. No entanto, para empresas que buscam um crescimento sustentável, esses dois pilares não são apenas complementares, mas sim parceiros.
A marca
Imagine investir meses de trabalho, orçamento em publicidade e energia criativa para lançar uma nova marca ou produto. O logo é perfeito, a aceitação do mercado é imediata, mas, seis meses depois, chega uma notificação judicial: aquele nome já está registrado por outra empresa.
Este é o cenário onde o Marketing e o Jurídico precisam se abraçar. O Marketing constrói o Brand Equity (o valor da marca), mas é o Jurídico que garante a sua propriedade. Sem o registro no INPI e a devida consulta de viabilidade, todo o investimento em branding é feito em “terreno alheio”.
A segurança na comunicação
A parceria entre essas áreas vai além do nome da empresa. Ela se reflete diversas situações, como:
- Contratos com parcerias: Garantir que a imagem da empresa esteja protegida e que as entregas do marketing sejam cumpridas legalmente.
- Direitos autorais e imagem: O uso de trilhas sonoras, fotos e vídeos requer segurança jurídica para evitar multas pesadas que podem comprometer o lucro de uma campanha.
- Regras de promoções e sorteios: Transformar uma ideia criativa de vendas em algo que siga as normas vigentes, evitando sanções administrativas.
O Marketing coloca a empresa na vitrine e atrai o cliente. O Jurídico garante que essa vitrine seja inabalável. Quando essas áreas dialogam, a empresa para de “apagar incêndios” e passa a focar no que realmente importa: crescer com autoridade e segurança. Uma marca forte nasce no criativo do Marketing, mas sobrevive e se valoriza no rigor do Jurídico.
Artigo escrito por: Léo Rocha


