O mês de junho ganha uma cor especial na luta por dignidade, respeito e proteção à população idosa. Instituído como Junho Violeta, esse período é dedicado à conscientização sobre a violência contra a pessoa idosa, chamando a atenção da sociedade para um problema muitas vezes invisível e silencioso.
A campanha tem como marco o dia 15 de junho, quando é celebrado o Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa, data criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) para promover o respeito aos direitos humanos de quem envelhece.
Um problema crescente e silencioso
O aumento da expectativa de vida no Brasil é uma conquista, mas também impõe desafios. Casos de abandono, negligência, abuso financeiro, agressões físicas e psicológicas ainda são recorrentes. Muitas vezes, essas violências ocorrem dentro de casa e são praticadas por pessoas próximas, como familiares ou cuidadores.
De acordo com dados do Disque 100, o canal nacional de denúncias de violações de direitos humanos, os registros de violência contra idosos têm aumentado nos últimos anos, especialmente após a pandemia. Isso demonstra a urgência de políticas públicas eficazes e o fortalecimento das redes de apoio.
O papel da sociedade e do poder público
Combater a violência contra a pessoa idosa exige a atuação conjunta do poder público, da sociedade civil e das famílias. Informar, acolher e denunciar são passos fundamentais nesse processo. É dever de todos zelar pela integridade física, emocional e financeira das pessoas idosas, garantindo que elas vivam com segurança e respeito.
Além disso, é importante reforçar os canais de denúncia. Qualquer pessoa pode e deve denunciar situações de violência contra idosos por meio do Disque 100, que funciona todos os dias, 24 horas, de forma gratuita e sigilosa.